Com a pouca esperança que já tinha de rever a sua metade, Shiro despegou cuidadosamente a folha do caderno, dobrou-a o mais que pôde e em papelinhos entregou-a ao vento.
Começava a ser tão difícil preencher o vazio.
Nunca tinha estado naquela, pelo menos parecia, aldeia. As casas escondiam-se entre gigantes árvores. Em todo os pequenos espaços existia um simpático jardim. Conseguia imaginar Kuro no cimo daquelas árvores e o quão seria divertido observar obsessivamente as pessoas enquanto acompanhava Kuro na sua leitura, e ouvir as frases soltas, poéticas, com tantos significados.
Shiro tentou, mas não se conseguiu conter "emprestas-me? também posso?" depois de um bocadinho de tempo a observar fascinada as bolas de sabão no ar, aproximou-se da menina que as atirava. "claro! ali de cima é mais divertido, anda", o sol brilhava nos cabelos loiros daquela pequena. Shiro seguiu-a apressadamente escadas acima e pôs-se a fazer bolinhas de sabão para o ar.
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sonhos atirados